Instituto Fayga Ostrower

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Herdeiros Fayga Ostrower

Palestra de Fayga Ostrower na exposição 'Käthe Kollwitz: uma vida e obra', Paço Imperial, Rio de Janeiro, outubro de 1988. (Foi mantida a grafia original)

Antes de falar sobre a obra de Käthe Kollwitz quero prestar-lhe uma homenagem pessoal, pois de certo modo, foi através de sua obra que vim a conhecer a gravura. Nos tempos da Segunda Guerra Mundial, concentraram-se, aqui no Rio, grupos de refugiados europeus, vindos da Alemanha, da Áustria, de Portugal, da Espanha, da Itália. Por ocasião destes encontros, vi gravuras desta artista. Foi uma paixão instantânea. Além do impacto que me causou sua obra, ela me motivou a procurar a gravura como meio de expressão. É verdade, que mais tarde no meu próprio trabalho, me afastei do caminho expressionista. Mas não foi por acaso que, já as primeiras gravuras que fiz, ilustrando O cortiço, de Aluisio de Azevedo, foram influenciadas por Käthe Kollwitz. Pelo menos em duas imagens, a da mulher esperando pelo companheiro, que não volta mais, e a da criança que vê a mãe morta no chão, se encontra claramente o espírito de seu enfoque. Acho importante a gente reconhecer suas influências artísticas, pois estas são sempre seletivas. E fica uma dívida de gratidão para quem ensina tanta coisa.

Agora falando sobre Käthe Kollwitz, quero começar apresentando as datas de alguns artistas contemporâneos seus. (…)

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