A Caixa Cultural Brasília apresenta na Galeria Vitrine a exposição Os Caminhos de Fayga Ostrower, até 22 de junho de 2008. A mostra é composta por 116 obras entre xilogravuras, litografias, serigrafias, gravuras em metal, desenhos e aquarelas, muitas delas inéditas para o público.
O público também tem acesso à uma recriação do atelier da artista, sonorizado com uma seleção de suas músicas prediletas.
A curadora Anna Bella Geiger apresenta uma visão original sobre a trajetória de Fayga: em um processo nada linear ou previsível, Fayga revelou em sua obra soluções não só originais, mas também de caráter seminal, principalmente devido à sua inserção no Abstracionismo, na época [anos 195/60] uma das principais vanguardas artísticas, nacionais e internacionalmente.
A exposição apresenta obras do início da carreira de Fayga, onde se percebe a influência do Expressionismo; obras de transição do figurativo para a abstração e trabalhos influenciados por Cézanne.
Também é possível identificar pontos em comum entre a obra de Fayga e o Abstracionismo Informal internacional, bem como observar a originalidade do seu caminho no desenvolvimento da questão abstrata.
Estão em destaque as gravuras que deram a Fayga o Prêmio da Bienal de Veneza, em 1958; o políptico do Itamaraty e alguns dos seus últimos trabalhos, de 2001.